10.17.2012

Espírito Recriado, Carne "Carnívora" e Maravilhosa Graça!

Os desejos da carne são constantes, mas os efeitos que eles causam na alma é que irá gerar atitudes carnais. Uma vez que desconsideramos os desejos da carne, eles já não mais irão produzir inclinações da nossa alma para cumprir as concupsciências dos olhos e da carne. 


Os desejos do espírito também são constantes, mas a influências que eles causam na alma é que irão produzir atitudes e palavras alinhadas com a vontade de Deus. Uma vez que consideramos a voz do nosso espírito recriado, a Palavra, e a inspiração do Espírito Santo - certamente iremos inclinar a nossa alma a manifestar os frutos de uma vida no espírito.

Portanto, os desejos não param, sejam eles carnais ou favoráveis a vontade de Deus. Não podemos controlar a quantidade de ofertas e investidas do diabo, mas podemos controlar (até mesmo neutralizar) o quanto essas investidas afetam a nossa alma, produzindo ações que contradizem a Palavra. Da mesma forma, não controlamos o quanto o Espírito quer nos influenciar a levar uma vida saudável em Deus, mas depende das nossas decisões o quanto queremos ser afetados pelo poder de Deus.

Nós podemos viver uma vida sem pecado algum! De fato nossa natureza já foi transformada. Por mais que nossa mente "calcule" que pecar seja algo mais normal de se ocorrer, o nosso verdadeiro "Eu", que é o nosso espírito recriado, teve sua essência modificada - logo, o "normal" para um cristão é não pecar, e andar no espírito! Isso parece um tanto quanto atípico, tendo em vista, a normalidade com que as igrejas dão ibope para o pecado. De fato, muitos jovens "sobrevivem" em meio as ofertas pecaminosas. Nós não nascemos para sermos subjugados pelo pecado, nascemos, entretanto, para subjugarmos os desejos da carne! 

A "relação" ser humano e pecado foi distorcida pelo diabo. Essa deturpação da realidade faz com que as pessoas levem uma vida completamente sofrível - ao invés de uma vida de fé e vitória, o que se observa é uma vida de lamentação e insegurança. Deus não nos criou para sermos "animais de estimação" do pecado. Não é o pecado quem limita nossas ações, muito pelo contrário, somos nós quem dominamos sobre as ações que podem nos levar a pecar!

Ora, Deus não criaria um ser a sua imagem e semelhança, fraco, agoniado, impotente, incapaz e medroso. Nosso Pai não criaria uma espécie de pessoas que ao invés de viver com autoridade, viveria com receio constante a respeito do que o pecado poderia fazer com a vida delas. Entenda bem, não é que não devemos considerar o pecado, e os desejos da carne. Entretanto, não devemos levar uma vida ansiosos e preocupados com a possibilidade de pecar em tudo. Ao contrário disso, vejo que a nossa "relação" com a carne, deve ser de atenção. Devemos estar atentos 24h aos desejos que ela se propõe a ter!

Como já foi dito, os desejos são constantes, e se estamos atentos é porque estamos considerando a voz do espírito! Estar atento e fiel a Palavra, é completamente diferente de andar preocupado e inseguro a respeito do próximo erro. Muitos jovens levam uma vida totalmente dominados pela obrigatoriedade "religiosa" de não pecar! Mas porquê? Muitos não sabem o porquê, e nem querem saber! O que é nítido na Palavra, é que deixamos de cometer pecados, porque cometê-los já não se compara com o prazer que temos em nos relacionar e cumprir a vontade de Deus. 

Infelizmente, vejo líderes ensinando de uma forma errada o que é levar uma vida cristã. Alguns, exaltam demais o pecado, deixando sua juventude com um medo terrível a respeito de tudo e de todos, como se estivesse em uma redoma na qual tudo que pode acontecer pertence ao inimigo. Outros, exaltam uma tal de "graça extrema", que em poucas palavras, seria o pulo sutil para a libertinagem. 

O Deus que se resplandece na Palavra é um Deus equilibrado! E acima de tudo, um Deus responsável. E assim como Ele é, Ele nos fez, equilibrados e responsáveis, ou pelo menos deseja que andemos nesses dois princípios. Considerar o pecado como rei absoluto e levar uma vida subjugada pelo mesmo é um erro, porque temos em Cristo a capacidade de não pecar, ou seja, o potencial para dominarmos os desejos desse mundo. Desconsiderar totalmente o pecado também é um erro, porque de fato ele existe, e não podemos negligenciar que a sua ocupação na vida de um cristão é um problema. 

Jesus aniquilou o pecado, e isto é bíblico. Mas Cristo não aniquilou a santidade, e muito menos as responsabilidades de um cristão. Graça, um tão grande favor de Deus pela humanidade que nos dá acesso a salvação, não é um simples tapete no qual empurramos toda sujeira para debaixo. Graça é o maior impulso que nós temos para não pecar. Da mesma forma que pela graça nós somos salvos, pela Graça, também, nós temos o potencial para não pecarmos, para sacrificarmos os desejos da carne, renovarmos nossa mente e prosseguirmos na vontade e plenitude de Deus.

Enxergar a graça de Deus na ótica totalitária e irresponsável não condiz com o Deus equilibrado que nós temos. O nosso Pai se transparece nas escrituras como um Deus de fidelidade, honra e dignidade - ora, não somos nós seus filhos? Não fostes por nós que Ele enviou seu filho amado? Para quê então tão grande salvação (lembrando da originalidade - sozo)? Será que Ele apenas queria povoar o céu após o arrebatamento? Teria Deus criado um grande descaso com a Terra, na qual Ele mesmo criou? 

Sinceramente, não vejo Deus como um Deus desistente, muito menos inseguro a cerca de seus planos. Deus criou a Terra, com um plano original de que o homem a dominasse, a liderasse, exercesse autoridade. Quando Jesus vence o diabo, a maldição, a miséria, o pecado, e todos seu atributos corruptíveis, Ele não estava apenas liberando o acesso dos humanos para a Terra no pós-morten. A redenção concluiu-se também no acesso do Céu aqui na Terra. Nós filhos de Deus, impulsionados pela Graça, podemos manifestar as riquezas e estilo de vida de nossa pátria celestial, nossa nação de origem , para todo o mundo. Fomos capacitados para sermos as melhores "vitrines" do Reino de Deus. 

Versículos base: Romanos 5.17-21; Romanos 6.1-6,11-23; 1 João 5.18; Judas 21; Romanos 12.1-3; 1 Coríntios 9.24-27

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