6.26.2011

Viver "Agape"


I Coríntios 12.31 - ...um caminho mais excelente.


Se pararmos para observar o que o mundo tem “ensinado” frente ao que a Igreja defende com zelo, podemos perceber o nível de distorção a cerca das coisas das quais Jesus nos ensinou, não apenas por palavras, mas principalmente por atitudes e decisões!

Embora muitos de nós, cristãos, não conseguimos compreender o quão grande foi o amor de Jesus para conosco, podemos, sim, adquirir com veemência e convicção traços da identidade de nosso Salvador... isto é o Amor!

Sabe-se, através da escrita grega, que três classes de Amor é adscrita e exercida ao percorrer da Bíblia. O amor “phileo”, que nos remete ao amor fraternal, de amizades, de aproximações que não buscam ou visam a sensualidade ou o desejo entre os sexos. O amor “eros”, este sim se relacionando com a atração, o desejo entre um homem e uma mulher, o anseio fervoroso, intenso e de contato. E por fim, o amor “agape”, conhecido por muitos, ministrado por outros tantos, e praticado por muitos poucos. Entretanto, sabe-se que é este o tipo de amor ao estilo de Deus, ou seja, um amor que não pede nada em troca, um amor que doa, um amor que promove, um amor que sustenta, um amor que não se corrompe, um amor firmemente estabelecido na verdade, um amor que tem compromisso com o bem-fazer, um amor que reflete o caráter de nosso Pai.

Voltando a nossa “análise”... podemos notar a interferência contínua das influencias mundanas tanto no amor “phileo” como no “eros”. Cada vez mais tem-se disseminado essa sensualidade exacerbada seja nas noites, ou em filmes, ou até mesmo em novelas no período vespertino, ou seja, o “eros” em exagero, em desequilíbrio, em extremo, levando as pessoas a uma perspectiva de sentimento ardente, fogoso, chamativo, atraente, porém insustentável, por vezes doentio, ou até mesmo violentamente passional. O “eros” tem sim seu papel específico e deve-se tê-lo em prática em uma vida conjugal, porém, jamais o “eros” poderá ser a primazia de um casal, o sustentáculo verdadeiro de um relacionamento!

Vê-se, também, a deturpação do “phileo”... o mesmo que incita pessoas a se aproximarem para desenvolver amizades verdadeiras, saudáveis e necessárias para um ser humano... tem sofrido fortes ataques de preconceito, mesquinhez, traição e porque não, pitadas de interesse! O que tem se oferecido por “aí” são amizades sem compromisso com a verdade, vazias de fraternidade equânime e cheias de egoísmo por ambas as partes, exemplificando: o que tens para me oferecer? Sabe-se, porém, que o “phileo” também tem seu lugar, e muito importante, tanto nas relações amigo-amigo, como também, dentro do matrimônio, lembrando-se, entretanto, que “phileo”, por mais puro e justo que seja, não pode ser priorizado como base de uma relação conjugal!

Até aqui podemos concluir que precisamos sim do “eros” e do “phileo” para certas ocasiões da vida, como em um casamento. No entanto, há apenas uma forma de se sustentar uma vida... uma única maneira de ter-se equilíbrio sem sofrer influências do mundo... um único caminho, chamado pelo apóstolo Paulo de sobremodo excelente, e este é o “ágape”. O amor a maneira de Deus nos transmite a essência de Pai, ou seja, o Amor! Se nascemos de novo, então somos gerados pelo Amor, porque Deus é Amor! Porém Deus, não nos enche com “phileo” ou com “eros”, Ele nos derrama de sua melhor porção... da sua melhor fórmula... de sua maneira incontestável de amar... da verdadeira sustância... Ele nos preenche e nos marca com “agape”! Andar em “agape” significa considerar a Palavra... seguir os passos de Jesus... expressarmos a sua perfeita vontade! Enfim, viver “agape” é viver com o alvo em foco, caminhando longe de extremos, firmes e equilibrados na Palavra da Verdade... viver “agape” é viver na certeza do incorruptível... na convicção do chamamento inicial. Pense, aja, fale, caminhe e transforme os lugares por onde tens andado expressando “agape”, a plenitude da essência daquele que nos criou e nos tem como filhos!

Não fixe-se no efêmero (“eros”), ou no perene (“phileo”), mas fixe-se no eterno, incondicional e envolvente... viva “agape”!

Um comentário:

  1. Excelente artigo!! É por causa desse amor que existimos e nele nos movemos!!

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